Chris Ann (chris_ann_w) wrote in potterslashfics, @ 2008-01-21 16:39:00 |
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Current mood: | melancholy |
Current music: | Amy Winehouse - Tears Dry On Their Own |
Relatório Familiar (Dron, mpreg, oneshot)
Título: Relatório Familiar
Autora: Chris Ann
Classificação: PG-13 - Humor - Yaoi
Ship: Draco/Ron implícito, outros mencionados
Resumo: Honestidade é sempre a melhor política, certo? Errado. Pelo menos tratando-se de uma certa conversa entre Sean e seus avôs.
Avisos: Mpreg mencionada, humor negro
Disclaimer: Tudo é da J.K. Eu só torturo os personagens com plots estranhos.
Nota: Spoilers de HP6 e HP7 (desconsidera epílogo)
Sua tia Morgause implorava há dias para que ele não fosse.
“Sean” – começou ela, endireitando-se no sofá da sala de visitas – “você realmente precisa fazer esse relatório?”
Ele suspirou. Já explicara muitas vezes. Ele estava se candidatando a um cargo no Ministério da Magia, mais especificamente na Seção de Relações Internacionais. As alianças e acordos com Ministérios estrangeiros era de vital importância, motivo para qual eles faziam uma rigorosa vista da vida do candidato. Sean passara nas primeiras três provas. Agora, antes de fazer a entrevista final, precisava ter um relatório familiar completo, com todos os detalhes sobre as três gerações mais recentes de sua família, que seria checado ponto por ponto. Ele já terminara sobre os irmãos, pais, tios e avôs maternos. Faltavam agora apenas os avôs paternos.
“Sim, tia, eu preciso. É fundamental.”
“Mas você não precisava ir lá” – argumentou ela, fazendo um leve aceno com a cabeça para a porta fatídica, trancada desde que Sean se entendia por gente – “Eu posso responder tudo o que você quiser.”
“Você vai mentir, Morg.” – disse seu pai, sentado numa poltrona, enquanto acendia um charuto – “Sempre preservando a honra inexistente dos nossos pais.”
Ela lançou um olhar feio para ele.
“Filho” – começou ele, antes que ela voltasse a falar – “nada vai acontecer se você for lá. Não existe problema.”
Seu pai era a pessoa mais relaxada que Sean conhecia. Nunca havia problema ou complicação alguma para ele.
“Não existe problema!” – guinchou sua tia, corando de raiva até a raiz dos cabelos ruivos – “Ele vai sair acabado de lá.”
“Eu sei me defender, tia!”
Seu pai deu uma risadinha.
“Você não vai precisar se defender. Francamente, Morgause. A única coisa que eles podem fazer é discutir na frente dele.”
“Meriadoc, o último ato do nosso pai foi deserdar você. Sean vai ser...”
“Mas o papai devolveu tudo assim que ele morreu” – cortou ele, indiferente – “Certo, então. Sean, a pior coisa que pode acontecer é o seu avô te xingar de mestiço imundo.”
“Ele não chegaria a tanto” – disse sua tia rapidamente – “Mas, Sean, não há necessidade alguma. Há coisas que eles vão dizer que, honestamente...”
“É hora dele saber os podres da família, não?”
Os traços finos do rosto de sua tia endureceram, e seus olhos azuis ficaram inegavelmente mais frios.
“Exceto se tudo for exagerado. Você os conheceu. Sabe que deve ser.”
“Talvez.” – disse ele, tossindo com a fumaça do charuto – “Mas, se Sean quer a verdade, é o melhor a fazer. Vá, filho.”
Sean ficou parado, sentindo um pouco de medo do que poderia encontrar depois da porta. Podres da família?
“Sean” – disse seu pai, notando sua indecisão – “eles são apenas quadros. Estão mortos há trinta anos. Não podem te fazer nada.”
“Você diz isso porque nunca foi lá” – disse sua tia, irritada.
Seu pai fingiu não ouvir.