magalud (magalud) wrote in potterslashfics, @ 2008-01-20 15:00:00 |
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Flor Vermelha (11/12)
OMG, o próximo capítulo já é o último!!
Capítulo 11 – O retorno
– Não me diga isso, Proserpina querida. Severus de volta? – Narcissa Black parecia arrasada. – Não me leve a mal. É claro que estamos todos felizes que o querido primo Severus agora esteja bem e recuperado, mas vamos sentir sua falta.
– É, também vou sentir falta de Hogwarts. É diferente de tudo que imaginei.
– Lucius ficará devastado com sua partida tão súbita.
– Precisa transmitir meus agradecimentos a ele. Seu noivo foi um grande amigo.
– Ele gosta muito de Severus e faria qualquer coisa pelo amigo. Não considere isso como nenhuma obrigação.
– Oh, mas tenho certeza de que Severus vai querer retribuir o favor. Ele me diz que será eternamente grato a você e a Lucius pela ajuda que deram a mim. – Ela indagou. – Hum, sabe o que vai fazer com minhas coisas?
– Como você sabe, roupas usadas só servem para incinerar. Mas acho que algum Hufflepuff saberá encaminhar para a caridade ou algo tão revoltante quanto alguma organização de ajuda a bruxos carentes.
– Gostaria de estar presente quando Severus... retornar?
– Não particularmente, querida. Mas peça a ele que venha falar comigo assim que chegar a Hogwarts. – Narcissa a abraçou. – Boa sorte, querida. Foi positivamente refrescante ter você por perto.
A exemplo de Severus, Proserpina não tinha muitos amigos, e as despedidas foram muito breves. Na verdade, ela só queria se despedir de uma única pessoa – justamente a pessoa que estava incomunicável para ela.
Naquela noite, ela subiu ao gabinete de Dumbledore, disposta a não se deixar levar pelas emoções. Queria esquecer Remus, queria esquecer tudo. Naquele momento ele gostaria até que o feitiço desse errado.
Provavelmente sua tristeza estava destilando, porque mal ela entrou na sala, o Prof. Dumbledore indagou:
– Está se sentindo bem, Srta. Prince?
– Não muito, professor. Por favor, seria possível adiar esse procedimento? Eu queria... mais alguns dias....
Proserpina sentiu a força dos olhos azuis do diretor a encarando, como se penetrassem em sua alma. Com doçura, ele disse:
– Entendo que você queira dar adeus a seu amigo e é uma infelicidade que Severus tenha que voltar justamente nessa época – Proserpina sentiu o calor nas suas faces –, mas acredito que você não queira deixar essa oportunidade passar. Não é verdade?
Mal contendo as lágrimas, ela abaixou a cabeça e deixou escapar:
– No momento, não me sinto particularmente animada com a volta de Severus. Chego a pensar que ele não precisaria voltar nunca mais.
O diretor de Hogwarts aproximou-se dela e pegou sua mão.
– Não, não diga isso nunca. Severus é muito importante. É bem verdade que ele pode aprender uma coisa ou duas com Proserpina. Mas Severus é uma pessoa importante demais. Ele merece voltar a Hogwarts. Digo até que ele precisa voltar. Mais uma vez, digo que é uma infelicidade que ele tenha voltado nessa época, mas não fique triste pela volta de Severus. Todos estamos alegres que ele tenha voltado.
Uma lágrima escapou dos olhos de Proserpina, e ela tentou engolir um soluço. Para sua surpresa, ela foi envolvida pelos braços amorosos do diretor de Hogwarts.
– Não se preocupe, criança – ele sussurrou, beijando-lhe os cabelos. – Tudo vai dar certo.
Proserpina não conseguiu evitar algumas lágrimas. Tentando se controlar, ela se separou do diretor, limpando as lágrimas e assentindo:
– Estou pronta.
– Muito bem, então – disse Dumbledore. – Prof. Slughorn, por favor?
O volumoso chefe de Slytherin se adiantou e entregou a Proserpina um frasquinho.
– Pode tomar tudo, Srta. Prince.
Proserpina obedeceu, sem se incomodar com o gosto amargo da poção. Pior do que o gosto era o amargor de seu coração. A moça não demorou a sentir uma tontura tão forte que o Prof. Dumbledore a levou até a cadeira em frente à sua mesa. Zonza, Proserpina mal ouvia o encantamento que o Prof. Slughorn repetia incessantemente, no vozeirão marcante. Primeiro ela sentiu um formigamento, depois uma anestesia, e, finalmente, a inconsciência.
Assim terminou a breve vida de Proserpina Prince.