Chris Ann (chris_ann_w) wrote in potterslashfics, @ 2008-01-18 15:17:00 |
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Amor é um jogo de azar (capítulo 8)
Título: Amor é um jogo de azar
Autora: Chris Ann
Classificação: PG-13 - Humor/Romance/Drama - yaoi
Ship: Ron/Draco, Harry/Draco, Ron/Hermione
Resumo: Sobre um herói desaparecido, um puro-sangue falido, um presente biológico e o melhor amigo com problemas com bebida que acaba tendo que cuidar de tudo.
Avisos: Mpreg!
Disclaimer: Tudo pertence à J.K. Eu só brinco com os personagens \o\
Nota1: Para todo mundo que foi infernizado com um "o que é que você acha?" enquanto eu escrevia a fic, e para Beatriz, que impediu a bichinha de ir para o limbo.
Nota2: Desconsidera HP7. Ou pelo menos o epílogo u_u'
Ron não entrava na Floreios e Borrões desde o tempo que estudava em Hogwarts. Tentou olhar pelas prateleiras por trás das vitrines, mas não conseguiu entrever nenhum vestígio de cabelo loiro. Teria que entrar para saber se ele estava lá e... falar com ele. Engoliu em seco. A idéia o deixava ainda mais nervoso quando estava tão perto. Desde o momento que saíra do hospital, um ano antes, nunca mais falara com Draco. O que sabia sobre sua vida agora era de outras fontes.
No dia seguinte ao nascimento dos gêmeos, o Profeta Diário publicara uma matéria escandalosa sobre Draco, Harry e os gêmeos, no melhor estilo Rita Skeeter. Ron suspeitava que o estagiário, o tal de Fletcher, é quem deixar vazar aos repórteres que o amante secreto mais público do Menino-Que-Sobreviveu tivera gêmeos, e que Harry inclusive aparecera por lá. Foi tudo o que eles precisaram para escrever uma matéria nojenta e tendenciosa, embora Ron reconhecesse que podia ter sido muito pior, se Fletcher tivesse lembrado da sua participação na história. Menos de dois meses depois, o jornal estava quase indo à falência para pagar a indenização que Draco exigira deles por difamação. Ron achou justo.
Depois, as notícias vieram dispersas. Ainda em setembro, Ginny lhe contara que Draco se mudara para Grimmauld Place, no mesmo dia que Harry aparecera para levar as coisas dele do seu apartamento. Em outubro, ele vira as crianças quando Harry as trouxera à Toca. Em novembro, ele leu no jornal que Draco recuperara parte da sua herança e, pouco antes do Natal, soube que ele se mudara para Malfoy Manor, notícia que lhe causou um alívio que ele jamais assumiria para ninguém. Em janeiro, foi surpreendentemente convidado por Harry para ser o padrinho de Stephen, o menino mais velho. No batizado, conversou civilizadamente com Hermione enquanto entrevia Draco no meio das pessoas, mas não falou com ele. Em março, soube por um Harry horrorizado que os cabelos de Stephen haviam caído, e estavam renascendo loiros. Em abril, os cabelos de Sebastian também caíram, mas, para o alívio de Harry, renasceram ainda mais negros, o que indicava que eles não eram idênticos, afinal. No final de maio, ele soube que o pestinha Sebastian, começando a andar, escapando dos olhos dos elfos e dos de Draco, tropeçara na escadaria de Malfoy Manor e despencara pelos degraus abaixo, escapando intacto ao começar a flutuar no meio da queda, atingindo três metros de distância do chão. Em junho, ele soube que Harry e Draco haviam discutido e rompido relações por causa disso, com Harry o acusando de ser irresponsável pelos filhos e ameaçando acabar com o acordo de guarda compartilhada. Antes de julho, eles já haviam feito as pazes, e Harry lhe disse que, apesar do susto, ele estava feliz por Sebastian ter manifestado sua magia.
Então, no meio de julho, ele recebera o bilhete marcando o encontro. Draco não perguntou se ele gostaria de ir. Muito menos se o horário estava bom para ele. Agiu como se tivesse certeza que Ron correria para ele sem parar para pensar duas vezes.
Isso, aliás, foi exatamente o que ele fez.
Ron entrou na livraria, andando enquanto examinava o ambiente ao redor. Quatro estantes depois, seu coração quase parou quando entreviu cabelos loiro-prateados por cima da estante. Só precisou de mais três passos até o ver o dono deles parado na seção de Feitiços, folheando um livro. Ron parou no início daquele pequeno corredor entre as estantes, com os batimentos cardíacos acelerados, pensando quando Draco perceberia que ele estava ali.
Demorou três segundos até que ele levantasse os olhos do livro e o encarar. Deu um sorrisinho enviesado e sussurrou algo que pareceu muito com “está atrasado”, mas era difícil ter certeza naquela distância. Então, Ron foi até ele, reduzindo a distância de dois metros para finalmente quase nada, quando seus corpos ficaram tão juntos que podia sentir a respiração dele na sua bochecha.
Lentamente, como se temesse que ele fugisse, ele ergueu a mão e a deslizou pelo braço dele, os dedos roçando nas vestes até encostar na pele descoberta das mãos, e daí para a lombada do livro que ele segurava, que Ron pegou e, antes que Draco pudesse reagir, afastou-se para poder ler o título. A expressão quase atônita dele mudou em um segundo para uma irritação bem-humorada.
“Idiota.” – resmungou ele enquanto Ron começava a rir.
“Executando Feitiços de Limpeza, Draco?”