Chris Ann (chris_ann_w) wrote in potterslashfics, @ 2008-01-09 15:39:00 |
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Amor é um jogo de azar (capítulo 7)
Título: Amor é um jogo de azar
Autora: Chris Ann
Classificação: PG-13 - Humor/Romance/Drama - yaoi
Ship: Ron/Draco, Harry/Draco, Ron/Hermione
Resumo: Sobre um herói desaparecido, um puro-sangue falido, um presente biológico e o melhor amigo com problemas com bebida que acaba tendo que cuidar de tudo.
Avisos: Mpreg!
Disclaimer: Tudo pertence à J.K. Eu só brinco com os personagens \o\
Nota1: Para todo mundo que foi infernizado com um "o que é que você acha?" enquanto eu escrevia a fic, e para Beatriz, que impediu a bichinha de ir para o limbo.
Nota2: Desconsidera HP7. Ou pelo menos o epílogo u_u'
Potter podia ter sido acordado de uma forma menos traumática, ele reconhecia. Um simples Enervate e ele estaria desperto, mas, no calor e na raiva da hora, Draco não pensou nisso. Depois que recuperou as faculdades mentais, a único pensamento que passou pela cabeça dele foi que Potter iria pagar pela merda que fizera com sua vida, quer fosse ou não o pai dos bebês. E começaria a pagar naquele momento. Então, antes que Ron pudesse reagir, ele apanhou a varinha na mesinha, contornou-a para chegar até Potter e o atingiu em cheio com um jato d’água gelada no rosto. Ele acordou na hora, se engasgando e tossindo.
“Draco!” – exclamou Ron, horrorizado, contornando a mesa às pressas e o empurrando para levantar Potter no chão e colocá-lo no sofá.
Potter desabou no sofá, ainda tossindo. Quando o ataque melhorou, ele apontou para a barriga de Draco, sacudindo a mão para deixar claro o que queria perguntar.
“Isso mesmo” – confirmou Ron, enquanto o endireitava no sofá.
Potter parou gradativamente de tossir. Afastou-se dos cuidados de Ron e olhou para Draco e sua barriga, ainda incapaz de acreditar.
“Mas...”
“São gêmeos.” – disse Draco pela primeira vez.
O queixo de Potter caiu, e ele olhou para Ron, como se esperasse que ele desmentisse. Ele se limitou a dar os ombros. Eles ficaram em silêncio tenso enquanto Potter olhava os dois, respirando pesadamente. Ron tentou atrair a atenção de Draco com olhares nervosos, mas ele o ignorou.
“Mas são meus?” – perguntou Potter de repente, se dirigindo a Ron.
“Podem ser.”
“Como assim “podem ser”?”
“Podem ser porque você levou um chifre na festa de Natal.”
Draco quase sentiu Ron prender a respiração enquanto Potter virava-se para ele, voltando a ter a mesma expressão com a qual chegara pela lareira.
“Eu achei que você ia negar.”
“Harry” – começou Ron – “nós estávamos bê...”
“Bêbados?” – perguntou ele, dando um riso sem humor – “Não parecia.”
“Harry, eu...”
Ele se desviou de Ron e se levantou do sofá, encarando Draco.
“Todo esse tempo, eu achei que você teria alguma dignidade. Alguma coisa. Mas eu devia saber desde o início, eu nunca devia ter confiado em você, seu...”
“Harry, por favor!” – pediu Ron, tentando barrar seu avanço em direção a Draco, mas ele o impediu com um safanão na mão que tentou segurá-lo.
“... seu traidor.”
Ele tirou a varinha das vestes e mirou no meio dos olhos de Draco antes que ele pudesse sequer levantar a sua.
“Har-Harry!” – gaguejou Ron, tirando sua varinha das vestes e mirando – “Exper...”
Potter girou o corpo antes que Ron tivesse sequer terminado o feitiço.
“Estupefaça!”
“Protego!”
O feitiço ricocheteou de volta para Potter, que, sem tempo para reagir ao escudo de Ron, se abaixou, ao mesmo tempo em que o feitiço abria um buraco na parede da sala. Draco ergueu a varinha ao mesmo tempo em que Potter se virava para ele, e os dois tentaram se desarmar ao mesmo tempo. A força dos feitiços fez a sala sacudir e duas varinhas voarem para longe dos seus donos, indo aterrissarem perto da porta da cozinha.
“Seu...” – começou Potter, cambaleando um pouco.
Jogado contra a parede pelo impacto, Draco percebeu que ele tencionava sair correndo atrás da varinha, e sabia que ele mesmo não teria a menor chance de alcançar a sua antes. Encarando Potter, ele esqueceu que Ron ainda estava armado. Aliás, ele esqueceu que Ron estava ali. Era como se os anos tivessem voltado e fossem apenas eles, só eles, num duelo de vida ou morte. Estava possesso de raiva, e fez a única opção que apareceu na sua mente.
Antes que Potter pudesse sequer registrar sua aproximação, ele desceu o punho na cara do infeliz.